A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou um novo reajuste nas tarifas do transporte coletivo municipal, que passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026, elevando o valor da passagem de ônibus para até R$ 6,25. O aumento, publicado no Diário Oficial do Município, impacta diretamente milhares de usuários que dependem do sistema diariamente para trabalhar, estudar e acessar serviços essenciais.
Com o reajuste, as linhas convencionais, troncais, diametrais e perimetrais passam de R$ 5,75 para R$ 6,25, um aumento de cerca de 8,7%. Já as linhas circulares e alimentadoras sobem de R$ 5,50 para R$ 6,00, enquanto as chamadas linhas curtas terão a tarifa reajustada de R$ 2,75 para R$ 3,00. Apesar do aumento, a prefeitura informou que permanece válida a gratuidade dos ônibus aos domingos e feriados.
Segundo a administração municipal, o reajuste segue critérios técnicos previstos em contrato e leva em consideração a alta dos custos operacionais, como combustível, manutenção da frota, peças, salários e encargos trabalhistas. A PBH afirma ainda que a atualização tarifária é necessária para garantir a sustentabilidade do sistema e a continuidade do serviço, além de possibilitar melhorias na operação.
O novo aumento ocorre em um contexto de elevação acumulada expressiva no valor da passagem. Em cerca de um ano, a tarifa do ônibus em BH saiu de R$ 5,25 para R$ 6,25, uma alta próxima de 19%, percentual que supera a inflação do período. O reajuste tem gerado críticas de usuários e entidades da sociedade civil, que apontam o impacto no orçamento das famílias, especialmente entre trabalhadores que utilizam o transporte coletivo mais de uma vez por dia.
Além do sistema municipal, o transporte metropolitano da Região Metropolitana de Belo Horizonte também terá reajuste. As novas tarifas dos ônibus intermunicipais começam a valer a partir de 9 de janeiro de 2026, com aumento médio estimado em 8,9%, ampliando ainda mais os custos para quem se desloca diariamente entre a capital e cidades vizinhas.
Diante do novo cenário, passageiros cobram melhorias na qualidade do serviço, como maior regularidade das linhas, redução da lotação e mais conforto nos veículos, argumentando que os reajustes sucessivos não têm sido acompanhados por avanços percebidos no dia a dia do transporte público na capital mineira.