Descoberto em 3 de janeiro por astrônomos do observatório Mount Lemmon, nos Estados Unidos, o cometa C/2025 A6 (Lemmon) surpreendeu especialistas ao se tornar visível a olho nu. Inicialmente previsto para ser observado apenas com telescópios, o corpo celeste ganhou brilho intenso após reaparecer de trás do Sol em agosto, tornando-se o cometa mais luminoso do ano.
Espetáculo raro nos céus brasileiros
No dia 21 de outubro, Lemmon atingiu o perigeu — ponto de maior aproximação com a Terra — e encantou observadores no Hemisfério Norte. Dias depois, foi a vez dos céus brasileiros receberem o espetáculo: o cometa brilhou intensamente logo após o anoitecer, visível mesmo sem equipamentos astronômicos.
Segundo a Royal Astronomical Society, Lemmon é o cometa mais fácil de observar em 2025. Seu brilho variou entre magnitude 4 e 2,5 nas últimas semanas, colocando-o entre os objetos celestes de maior destaque do ano.
Encontro com o Sol e despedida
Neste sábado (8), o cometa atinge o periélio, ponto mais próximo do Sol, a cerca de 79 milhões de quilômetros da estrela — pouco mais da metade da distância entre ela e a Terra. Após esse encontro, Lemmon começará a se afastar gradualmente, com previsão de retorno apenas em 1.396 anos, segundo o site especializado TheSkyLive.
Cauda arrancada pelo vento solar
Durante sua aproximação, Lemmon foi alvo de uma tempestade solar que arrancou parte de sua cauda, fenômeno registrado por astrofotógrafos em outubro. Esse tipo de evento não é incomum: cometas como Nishimura (C/2023 P1) e ZTF (C/2022 E3) também passaram por desconexões semelhantes nos últimos anos. Mais recentemente, o SWAN (C/2025 R2) foi atingido por ventos solares intensos, reforçando a fragilidade das caudas cometárias diante da atividade solar.
Imagens impressionantes
Fotografias do cometa dividindo o céu com auroras boreais e registros feitos no Brasil têm circulado nas redes sociais e em comunidades astronômicas, eternizando a passagem de Lemmon como um dos eventos astronômicos mais marcantes de 2025.